As
vezes nos perguntamos qual é o sentido da vida. De repente, podem surgir inúmeras
explicações, mas, dentre tantas, destaco uma: "ter um amigo”.
A
amizade nos dias de hoje é muito rara. Apesar de nada custar, ter um amigo, e
não um seguidor, conhecido, ou apenas alguém do lado, vem ser o “elixir da
longa vida” que não se encontra pronto para o consumo e a venda em qualquer
lugar. Infelizmente em um mundo veloz e de relações fúteis são poucas as
pessoas que tem os meios de produzi-lo, e mesmo assim quando o faz é em escala
pequena. Assim, ter um amigo é ter o elixir da longa vida.
No
mundo de tecnologia que junta as pessoas, feliz de quem possui e tem um amigo “não
apenas virtual”. Ter um amigo é ter com quem dividir o fardo pesado que
carregamos. É construir uma morada segura para abrigar os sentimentos que vivem
perambulando pelas ruas mendigando atenção. Ter um amigo é terreno sagrado onde
se pisa de maneira respeitosa e com devoção na busca de bênçãos para iluminar a
jornada terrena. Portanto, ter um amigo é adentrar a dimensão do sagrado que há
em nós.
No mundo virtual, ter um amigo “real” exige não apenas conteúdo digital, mas uma grande história de vida vivida no chão, no caminhar diário entre dias e noites, no sol, na chuva, na alegria e na tristeza. Se por ventura nada disso for testado de forma prática para além do conteúdo digital, não passará de joguinhos eletrônicos em que a máquina vencerá o humano, acarretando frustração a cada derrota, tornando a relação efêmera pelo desprendimento da realidade de outras dimensões não vividas em parceria, em comunhão. Destarte, ter um amigo é sentir o sopro da vida até que cesse.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope