“E
agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite
esfriou,
e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros,
você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?...”
e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros,
você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?...”
(Carlos
Drummond de Andrade).
“Hoje
tem espetáculo? Tem sim senhor!”. Terminou um espetáculo (Copa do
Mundo 2014) e daqui a pouco se iniciará outro (Eleições 2014).
Quem afinal ganhou com tudo isso? Nós!. Aprendemos a diferenciar um
“balde de lixo” de uma “arquibancada” com os japoneses.
Aprendemos a lutar mesmo na derrota com os argentinos que não
necessitaram perder de sete a um para despertar este sentimento. Dos
Alemães aprendemos a negociar, pois é, “simpatia e patrocínios”
sobraram, de “camisa rubro-negra a centro de treinamentos” foram
feitos, até o cristo redentor se redimiu, ao invés de ficar de arma
na mão pedindo a taça, se vestiu com as cores da bandeira Alemã, e
com sua “brasilidade e patriotismo”, ora se vestia de verde
amarelo, ora de preto, vermelho e amarelo; outra lição: “toda
camisa veste aqueles(as) que não sabem pensar! Pois é, e mais uma
lição: “ o cristo redentor não entende de 'bajulação' porque é
uma estátua!”.
Agora de todas as
lições da Copa de 2014 a mais marcante foi as das lágrimas dos
brasileiros(as); nas arenas ao cantar o Hino Nacional ou na derrota
de sete a um? Não!. Daqueles(as) que tiveram suas casas arrastadas
pelas águas. Daqueles(as) que viram uma cratera sob seus pés.
Daqueles(as) que hoje acordaram para trabalhar ganhando menos de que
uma entrada na final da Copa (cinco mil reais). Este choro é real,
não tem patrocínios por trás. Este choro mostra garra e luta
apesar da adversidade. Chorar aqui não versa com o medo de borrar a
cara muitas vezes pintadas de um “patriotismo global”.
Então, fica a
última lição das “Copa das Copas” : “jamais devemos sentar
em um lugar que não nos pertence, pois de repente o verdadeiro dono
pede o lugar e passamos vergonha”, ou seja, O QUE AFINAL GANHAMOS
COM ESTA COPA? Por favor, não perguntem aos alemães, e nem tão
pouco aos argentinos, eles podem dizer: “com licença, este lugar é
meu!”. ASSIM NÃO TEM FULECO QUE AGUENTE!.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope