Triste abismo é constatar que algumas pessoas não conseguem mais
deixar seus atos falar por elas.
No mundo cibernético, até uma formiga no açúcar na hora do
café pode virá estrela a partir de um clique ou de uma postagem, o
difícil é saber se ela gosta de açúcar, é diabética, ou apenas
passava por perto e teve sua imagem exposta sem autorização.
É tempo de reconhecimento e parece que o silêncio dos atos ficou
em um passado longínquo.
As ações corriqueiras tornam-se fardo, o que se deseja a todo o
custo é ser estrela mesmo com pouca constelação para brilhar.
As pequenas instruções nas escolas querem usurpar o lugar da
Imaginação. É projeto! É obra! Mas, nesse caminho de pensar para
além do ato frio do fazer/acontecer à Imaginação é tratada como
algo sem sentido, sedendo lugar aos dados e números.
Contudo, é bom lembrar que números é para coisas, e SERES
HUMANOS, antes de humanos, devem “SER”.
Tecnologia é instrumento, nada mais. Sem seres capazes de
imaginar e transformar, o CTRL C e CTRL V usado em demasia no
caminhar tira o brilho do imaginar, e além disso, faz estrela
perder sua identidade.
Quantas muriçocas, çoca, vão ainda picar? E na falta de
imaginação, tudo parecerá igual e normal como o surto de Dengue,
Petróleo nas mãos alheias, coleguinha que chama o outro por
apelido... E lá se vai Verão trocando a beleza do sol pela estrela
de uma bebida que engorda e deve acabar relacionamentos em mesa de
bar.
Tudo isso é ruim, pois todo excesso é prejudicial à saúde
(mental ou física) e ao Universo. Assim, tanto tolice, quanto
estrela, não devem ultrapassar seus limites, pois do contrário, a
humanidade pode ser extinta porque o sol não mais brilhará.
Tratar a verdade com seriedade é coisa de louco! Imaginar é pior
ainda! Assim no país dos(as) santos(as) que aparecem na mídia, o
Bugio se sentirá um grande lutador de UFC e dará o que tem de
melhor ao seu adversário, sem usar anabolizante. E por falar em
teia, pobres aranhas que tecem e não aparecem na mídia, são tão
úteis a natureza que até muriçoca pode cair na sua rede e dizer
adeus a çoca. çoca...
Por aqui, longe das constelações estelares, obras são
divulgadas antes do termino, escândalos se resolve com outros
escândalos e para a estrela o que importa é brilhar, mesmo que
tenha como opositor o sol que insiste em aparecer com sua luz
afugentando às trevas do esquecimento, como é o caso da estrela que
esquece quem é o sol (o mesmo é uma estrela).
A falta de memória leva a estrela ao declínio, pois a mesma não
sabe com quem luta, ou imagina na sua pequenez que o astro rei (o
sol) nunca foi uma estrela.
Que bom seria se esta estrela entendesse que sua existência é
curta, que deveria ser humilde como aquela que brilhou em Belém sem
tanto estardalhaço, e ao brilhar apontou para a grandeza de uma
criança que mudou o mundo a sua volta, negando em cada gesto a
soberba e o poder sem o mínimo de imaginação.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope