"Todos os pecados têm origem num sentido
de inferioridade, também chamado ambição."
-Cesare Pavese
Em período de
crises política e econômica é bom “pintar o sete”, deixá-lo “brilhante como uma
estrela collorida, e igual às cores do tucano”. Mas, em se tratando de
superação das mesmas, um pouco de fé vem bem a calhar (ou Calheiro, se existir
o masculino desta palavra, em politiquice há!). Por isso, na reforma
ministerial um preceito bíblico cai muito bem (Mt 18, 21-22): “Então
Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes deverei
perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus
respondeu: “Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete”.
Na política
brasileira, observo que o perdão faz parte da “pauta do dia” do Planalto e do
Congresso tocando os corações dos presidentes do Senado, da Câmara e da
República. Então, perdoe-me o plágio herege politicamente: “Senhor, quantos
Ministérios devo dar aos meus irmãos do PMDB para sustentar-me na
presidência... Sete!... E se eles fizerem besteira, devo perdoá-los... Sim!
Setenta vezes sete... No entanto, depois não diga que não os conhece! "Não
darás falso testemunho contra o teu próximo (Ex
20:16)”. Pois é, fico também com a sabedoria popular que diz:
“O mentiroso não pode gaguejar, nem dá risadas durante a contagem de
sua estória... A conta do mentiroso sempre termina em sete”.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope