segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

São Francisco, Rogai Por Nós! (História de Pescador)

A assinatura de apoio à permanência da Presidenta Dilma e contra “o golpe” veio acompanhada de um pedido de ajuda financeira a “Bolsa Vara na Mão”, cujo objetivo é ofertar vara de pescar aos moradores ribeirinhos.  Assim, com a conclusão das obras do Rio São Francisco, os ribeirinhos vão estar com a vara na mão e espero que com as garoupas também.
Isso mostra que os governadores não estão preocupados com a condução das obras e os resultados da transposição do Rio São Francisco em termos de licitações, custo benefício da obra ou de algum envolvimento de empreiteiras com propina, detalhe, dizem que na carreira política “é bom ter um peixe” (jargão de bastidores da politiquice que significa apadrinhamento político), e claro, ter garoupas em cédula para além do rio ajuda ainda mais na ascensão.
Fico preocupado por não ouvi menção da isca (minhoca). Bem, parece que na reunião de assinatura de apoio a Dilma não ficou acertada quem daria minhoca a população ribeirinha, se seriam os governadores ou o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), no entanto, houve uma convergência entre os dois lados (governadores e MPA), nada de convênio com a Polícia Federal.
A Polícia Federal não é bem quista porque na chefia da mesma no nordeste tem o “Antonio Conselheiro” que conhece bem a realidade da seca e da transposição e cuja profecia parece atrapalhar os planos dos governadores e do MPA; diz ele: “o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão"...
 Não bastasse a profecia com água salgada (a garoupa da cédula de cem reais é de água salgada), todos (as) sabem que a minhoca oferecida por este órgão (Polícia Federal) pesca até tubarão, e em politiquice, tubarão, carta, águas salgadas e doces não soam bem... Por isso, termino esta breve história de pescador cantando, porque que canta os males espanta: “O São Francisco/ Lá prá cima da Bahia/ Diz que dia menos dia/ Vai subir bem devagar/E passo a passo/ Vai cumprindo a profecia/ Do beato que dizia/ Que o sertão ia alagar/ O sertão vai virar mar/ Dá no coração/ O medo que algum dia/ O mar também vire sertão...  
Psiu! Silêncio! Cantar na beira do rio espanta Garoupas e atrapalha a pescaria! 

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- Diógenes de Sinope