terça-feira, 5 de julho de 2016

Entre Dois Corações



O homem que honra a si mesmo é capaz de ver as virtudes de outro homem (José Martí).


Para ouvir o coração de um povo não precisa ser médico, basta ter um coração” (Che Guevara). Esta frase faz qualquer esquerdista pirar! Até mesmo um “Coração Valente”. Pois é, creio nas palavras do “Che”. Não podemos mudar a história passada, mas fazer uma nova história é possível. Aprender com os erros anteriores; eis a essência de qualquer “Coração Revolucionário”. No entanto, há a “minha” história e a “nossa” história.
Na tribuna da ONU ao falar, será que o guerrilheiro acusado de terrorismo teve algo para falar “dele” ou do “povo” que representava? Foi “sua” luta ou “de um povo”? Foi “sua” defesa ou “de um povo”? Eis a divisão dos corações: “Valente e Revolucionário”. A defesa feita em palavras que contavam ações e gestos de como lutar com o povo sendo uno, o absorvia, mesmo não contando com quórum para safar-se do apedrejamento do Imperialismo golpista e do Impeachment dos seus adversários. Então, o que faz as pessoas, apesar do vento contrário, navegar? No caso do “Che” teria sido o amor a poesia?... Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem... E não pôde domá-lo enfim ninguém, Que ninguém doma um coração de poeta!  (Augusto dos Anjos).
Advogado de defesa? Para quê? A história já fazia florescer a verdade dos fatos. Apoio popular sobrava porque a luta em Cuba era de todos/as. Privilégios? Teve um, vesti a farda verde oliva de combatente quebrando o protocolo da ONU. Suas palavras contra o “Imperialismo golpista” eram costuradas de vivências junto ao povo, e não de mídias sociais, por isso o brilho da defesa frente aos algozes: “Fatos vividos”. Ocupou vários cargos no governo cubano. Desvio de suas atribuições teve? Sim, costumava trabalhar no porto descarregando sacos, “caminhava” mais do que “pedalava”. O conhecimento nos faz responsáveis (Che Guevara).
Por fim, desejou se perpetuar no poder de toda forma? Sim, despediu-se de Cuba e os cargos que detinha para lutar nas selvas bolivianas e ser “Coração Revolucionário” encontrando a morte na luta e não por trás de um cargo de chefia impopular. Muitos dirão que sou aventureiro e sou mesmo, só que de um tipo diferente, daqueles que entregam a própria pele para demonstrar suas verdades (Che Guevara).

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- Diógenes de Sinope