quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Medusa, antipedra

“Espelho, espelho meu, existe candidato (a) à prefeitura de João Pessoa (Paraíba) mais belo (a) do que eu?” Sim, Medusa!

        A indagação do conto de fada virou mote na disputa “eleitoreira” da capital paraibana. Se as alianças partidárias firmadas foram uma assombração para a cidade e, de quebra, não existe brilho ético, moral e administrativo nos (as) candidatos (as), agora a avaliação “dos fantoches” e “dos puros-sangues” contém o item beleza corporal em seu esplendor, levando em consideração também aqueles (as) que os (as) manipulam ou doam seu DNA na campanha.
        FIQUE EM CASA NAS ELEIÇÕES, pois ninguém merece contrair a Covid-19 ou morrer de susto ao olhar aquela foto horrorosa dos (as) “prefeitáveis” nas ruas, horário eleitoral, propagandas e na urna eletrônica. “UM ESPECTRO RONDA A POLITIQUICE PARAIBANA – “o espectro da feiúra”. Todas as potências da velha politicalha aliaram-se numa sagrada perseguição a esse espectro, de “Virgulino” a “Coroné Coitim”. Essa é uma breve passagem do MANIFESTO DO PARTIDO DA FEALDADE. “FEÍURAS DAS CANDIDATURAS, UNI-VOS”; claro, do Sertão ao Litoral.
          Creio que a eleição de fato começou. Os blocos das baixarias já desfilam na prévia carnavalesca que segue de Tambaú ao Rio Sanhauá e também nos vários meios de comunicação, “a verdadeira Folia de Rua chegou”. E, os “babas”, sobem e descem cantando o hino da “quarta-feira de fogo da feiúra paraibana": “É FEIO (A), É FEIO (A), É FEIO (A), É QUARTA-FEIRA, QUARTA-FEIRA DA FEIÚRA. É FEIO (A), É FEIO (A), É FEIO (A), NINGUÉM SUPORTA ESTAS CANDIDATURAS”. Ô “carnavá”da gota! Alguém sabe que fim levou “Todo Feio” da Odebrecht?! Perdido lá no Sertão! Pois é, agora generalizou! “Somos Todos (as) Paraíba dos (as) Feios (as)”, diz à classe politiqueira.
          Mas, apesar de tudo, creio piamente que Medusa tenha mais coragem de se olhar no espelho do que os (as) candidatos (as) dos chefes. Eles (as) sem utilizar o espelho para referência já se tornaram pedras no caminho e no sapato do eleitorado, fico a imaginar se dessem uma “espiadinha” de relance no espelho, teríamos todas as ruas de João Pessoa calçadas, porque pedras não faltariam. Enquanto eles (as) não olham, Medusa, encara o espelho sem a menor cerimônia a pentear suas mexas de cobras, cujo veneno é inferior em moral, ética e administrativamente se comparado ao que será injetado na campanha por eles (as) na população desavisada. “Eita, Jararaca, vem aí! Ou é a famosíssima cobra-d'água do Rio São Francisco com suas Garoupas de tom azulado?”.
        E, agora José Ramalho? Diz aí: “Nada vejo por essa cidade/ Que não passe de um lugar comum/ Mas o solo é de fertilidade/ No jardim dos animais em jejum.../ Perecendo e naufragando no mar  Uoh-oh-oh-oh-oh/ Naufragando no mar...”

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope