sábado, 18 de setembro de 2021

O Violinista


 

Toca o violinista na profunda espera
Daquela que tanto amou mais partiu.
Da janela, melodia triste, mas singela.
Movimento leve e lento do arco sutil.
 
A fera da solidão que chega e o cerca.
Quimera que seguia tortuosa igual rio.
Quem dera que o som chegasse até ela.
Sonho que se acaba, dor na alma sentiu.
 
Ah, realidade! Ligação fictícia que logo ruiu.
Desafinado toque na corta que o despertava.
Sem tino, desconexo, partir(dura) que não viu.
 
Lá do alto da sacada o horizonte vislumbrava,
Céu azul, sol que brilhava. Ah, esperança vil!
Ela não chega! Abraçado ao violino lamentava.

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope