“Estou de volta ao meu desassossego, trazendo na ‘Bruaca’ bastante lavagem de dinheiro...”
Ah! Maria Bruaca! O teu marido
no primeiro reencontro não quis saber de você. Amnésia estrelada do chefe
Tenório, que de coração amoroso disse quem é que manda em casa, pois é, em casa
da luz vermelha o cafetão dá às ordens.
Por si só, esquecer que você
foi um girassol na vida dele, e tratá-la de “Bruaca” demonstra a falta de
apreço. Porém, o que esperar do maridão que se apaixonou por um paulista e a
você traiu. E nesta casa que você voltou a morar tem muita goteira, “pinga ni
mim”ou “álquimim”. Eita! Pelo vice se conhece quem é nordestino raiz; visse! Danou-se!
Cruz credo! A Cruz Vermelha
que Maria Bruaca carrega é bastante pesada, e pelo visto, já não existe
esperança no amor que morreu. Este casamento com Tenório parece que veio com um
pacotinho contendo vinho da traição, e Maria mesmo estando grávida de João,
impotente, ver sua plantação de girassol sendo devastada por uma grande
migração de estrelas no céu que simboliza mau presságio.
Tenório estrelinha parece
que carrega na sua Bruaca, Maria Bruaca e um passado muito corruptível, e de
Bruaca em Bruaca cheia de dinheiro carregadas por jumentos, criou uma
mensalidade altíssima para o transporte as margens do Rio São Francisco,
deixando Maria Bruaca amuada.
Mas com a afetividade de
quem conhece do negócio de Bruaca endinheirada, orgulhoso como um paizinho
santo e honesto, disse Tenório estrelinha: “Ela era aquela filha que a gente tinha em casa, ela ficou emburrada,
resolveu sair de casa sem Bruaca, mas a Bruaca está voltando!”. Que diacho
Tenório Estrelinha quis expressar?! Bruaca?! Voltando?! Vazia ou cheia de
“Merréis”?!
Canta Paraíba! Somos Todos Paraibanos (as): “Tocando a boiada, uê-uê-uê, boi/ Eu vou cortando estrada, uê, boi... Ela é culpada, uê-uê-uê, boi/ De eu viver nas estradas, uê, boi...”
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope