sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Maria Bruaca e Tenório Estrelinha


“Estou de volta ao meu desassossego, trazendo na ‘Bruaca’ bastante lavagem de dinheiro...”

Ah! Maria Bruaca! O teu marido no primeiro reencontro não quis saber de você. Amnésia estrelada do chefe Tenório, que de coração amoroso disse quem é que manda em casa, pois é, em casa da luz vermelha o cafetão dá às ordens.

Por si só, esquecer que você foi um girassol na vida dele, e tratá-la de “Bruaca” demonstra a falta de apreço. Porém, o que esperar do maridão que se apaixonou por um paulista e a você traiu. E nesta casa que você voltou a morar tem muita goteira, “pinga ni mim”ou “álquimim”. Eita! Pelo vice se conhece quem é nordestino raiz; visse! Danou-se!

Cruz credo! A Cruz Vermelha que Maria Bruaca carrega é bastante pesada, e pelo visto, já não existe esperança no amor que morreu. Este casamento com Tenório parece que veio com um pacotinho contendo vinho da traição, e Maria mesmo estando grávida de João, impotente, ver sua plantação de girassol sendo devastada por uma grande migração de estrelas no céu que simboliza mau presságio.

Tenório estrelinha parece que carrega na sua Bruaca, Maria Bruaca e um passado muito corruptível, e de Bruaca em Bruaca cheia de dinheiro carregadas por jumentos, criou uma mensalidade altíssima para o transporte as margens do Rio São Francisco, deixando Maria Bruaca amuada.

Mas com a afetividade de quem conhece do negócio de Bruaca endinheirada, orgulhoso como um paizinho santo e honesto, disse Tenório estrelinha: “Ela era aquela filha que a gente tinha em casa, ela ficou emburrada, resolveu sair de casa sem Bruaca, mas a Bruaca está voltando!”. Que diacho Tenório Estrelinha quis expressar?! Bruaca?! Voltando?! Vazia ou cheia de “Merréis”?!

Canta Paraíba! Somos Todos Paraibanos (as): “Tocando a boiada, uê-uê-uê, boi/ Eu vou cortando estrada, uê, boi... Ela é culpada, uê-uê-uê, boi/ De eu viver nas estradas, uê, boi...”

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope