“Um dia conseguiremos a felicidade que duas pessoas sonham, mas nunca encontram.” ― O Feitiço de Áquila
Durante o dia
com a luz do sol partimos em um voo na busca de realizar sonhos, conquistar
sucessos e a tal felicidade. Caminho arriscado, possibilidades de gaiolas e
armadilhas para aprisionar o falcão que há dentro de nós desejantes do encontro
com a felicidade. A luz nos proporciona a esperança e a alegria de recomeçar,
nos garante a força para buscar o amor, quebrar o feitiço que nos aprisiona em
um corpo (falcão) que apesar de pousar inconsciente na mão do amado
(cavaleiro), nos impede de viver a plenitude da realização da felicidade junto
à pessoa amada, como no filme.
Á noite ao se
aproximar, nos revela muitas vezes um dia de insucesso, de fim de uma batalha
que saímos derrotas, feridos, mas vivos. É hora do repouso, de repensar novas
estratégias, de renovar a esperança, a guerra ainda não findou. É chegado o
momento da metamorfose, e o pôr do sol nos atormenta. Entre a sua partida rumo
a escuridão que é chegada, a angústia nos assolar, e o uivo do lobo soa alto,
anunciando que o rumo mudou no caminho, nessa sina, e o falcão perde suas asas
e cria mãos que cuidará e acariciará o lobo de pelagem negra unida a escuridão
que encobre os amantes impossibilitados de ser e viver seu amor que dentro do
seus corações parece apagar como uma luz que se vai, não para sempre, mas assim
como o sol que se põe cedendo seu lugar a noite e que depois voltará.
Difícil
sina de amar entre o sol nascente e o sol poente; humanos que carregam dentro
de si animais que volta e meia vem à tona como no “feitiço”, corda estendida
entre o animal e o homem que deseja realizar sua essência, uma corda sobre um
abismo na qual o lobo e o falcão buscam seguir a perigosa travessia, perigoso
caminhar; perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar. Durante o dia
falcão (a amada), à noite, lobo (o amado), cuja união de ambos a um amor que
desejam realizar em sua plenitude parece nunca chegar, pois entre esse
sentimento a inveja filha do feitiço que os separa parece vencer a cada dia.
Mas,
assim como somos feito para viver em coletividade a plenitude do amor que une,
apesar de demorar a se efetivar “o eclipse”, com a ajuda de outros, eis que
finalmente a união ocorre entre o amado e sua amada, e finalmente o feitiço
chega ao fim. Portanto, como a felicidade é uma luta de instantes no tempo em
convívio social, o falcão e o lobo precisaram acreditar na possibilidade do
reencontro, e para isso tiveram de suportar os desafios da vida e o tempo que
moldam os seres humanos e mede a resistência do amor que muitas vezes sucumbe
ao feitiço da inveja de quem não sabe amar.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope