És
à noite escura e a tempestade.
Disfarce
em rosto de maldade.
Sem
inteireza, és metade.
Mas
não és tu.
Voz
suave e palavras amargas.
Gestos
gentis, mas dissimulavas.
No
palco, és cena não finalizada.
Pisaste
no chão com tanta imperfeição.
Salto
quebrado, caíste ao caminhar.
Sem
sentido, és a triste encruzilhada.
Mas
não és tu.
E
quando será que vais ao teu encontro?
Como
marinheiro na beira do cais, vês o navio.
És
sempre partida e atracar jamais.
Espero
que sejas completa na última jornada.
Alivio
da ilusão mundana e obrigatória parada.
Sepulcro,
alma desnuda e o corpo aqui jaz.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope