Brilha
o cisne negro a luz da lua.
No espelho d’água ondas trêmulas.
Seu reflexo sem nexo ainda confundia.
No coração aflito e conturbado, dualidade.
Guardava uma saudade inexplicável.
O antes o convence da sua inferioridade.
Acuado e mórbido cede a tal sentimento.
A lembrança sempre causava tormento.
Sua fealdade gerava muita indiferença.
Gritavam os olhos obscurecidos e decadentes:
Veja o contraste entre o negro obscuro e o amarelo reluzente.
Ah, beleza não tem! Crescia o feioso acompanhado de desdém.
Enquanto o tempo atava os elos, a natureza fazia como convém.
Tormentos e sofrimentos vinham em meio ao amadurecimento.
O devir passava lento na estrada paralela ao lago onde nadava.
Bailava o cisne negro sobre o passado e a agrura que carregava.
Sombra que o confundia impedindo que eclodisse um belo voar.
Corpo sem vida, sem ânimo e sem espelho para poder constatar.
O patinho ganhava forma na sua mente porque nada podia ver.
Outro dia, nova primavera, infindo brilho do sol e do amanhecer.
Flores desabrochando e saudando a sua majestosa beleza negra.
Suave deslizava, pressentia dentro de si um pulsar de grandeza.
Como fizera Narciso, fixou o olhar na sua imagem reluzente de beleza.
A fala e o pensar foram suplantados pela revelação da gravura ali presente.
Alegria renovada, asas preparadas, quebradas às amarras, saiu de si finalmente.
Voo esplêndido e libertário, agora sim, era o que era para ser sem o jugo do imaginário.
Canto no lago anunciava que tudo havia terminado, submissão tinha sido destronada.
E eis que todos saudavam à bravura do cisne negro que superando a si mesmo volitava.
No espelho d’água ondas trêmulas.
Seu reflexo sem nexo ainda confundia.
No coração aflito e conturbado, dualidade.
Guardava uma saudade inexplicável.
O antes o convence da sua inferioridade.
Acuado e mórbido cede a tal sentimento.
A lembrança sempre causava tormento.
Sua fealdade gerava muita indiferença.
Gritavam os olhos obscurecidos e decadentes:
Veja o contraste entre o negro obscuro e o amarelo reluzente.
Ah, beleza não tem! Crescia o feioso acompanhado de desdém.
Enquanto o tempo atava os elos, a natureza fazia como convém.
Tormentos e sofrimentos vinham em meio ao amadurecimento.
O devir passava lento na estrada paralela ao lago onde nadava.
Bailava o cisne negro sobre o passado e a agrura que carregava.
Sombra que o confundia impedindo que eclodisse um belo voar.
Corpo sem vida, sem ânimo e sem espelho para poder constatar.
O patinho ganhava forma na sua mente porque nada podia ver.
Outro dia, nova primavera, infindo brilho do sol e do amanhecer.
Flores desabrochando e saudando a sua majestosa beleza negra.
Suave deslizava, pressentia dentro de si um pulsar de grandeza.
Como fizera Narciso, fixou o olhar na sua imagem reluzente de beleza.
A fala e o pensar foram suplantados pela revelação da gravura ali presente.
Alegria renovada, asas preparadas, quebradas às amarras, saiu de si finalmente.
Voo esplêndido e libertário, agora sim, era o que era para ser sem o jugo do imaginário.
Canto no lago anunciava que tudo havia terminado, submissão tinha sido destronada.
E eis que todos saudavam à bravura do cisne negro que superando a si mesmo volitava.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope