Vivo
com tão pouco...
Insônia à noite.
Ladeiras,
calor.
Suor
escorre no rosto.
Sufoco!
Subindo
e descendo.
Gangorra
de agruras.
Passos
nas ruas.
Desventura!
Falta
d’água.
Cara tristonha.
Casa
alagada.
Vergonha!
Cidade
sem rumo.
Cofres
com dinheiro.
Obras
inacabadas.
Desemprego!
Fé
no céu.
Mãos
na plantação.
Enxada
lavrando.
Exploração!
Único
proprietário.
Manufatura
mantida.
Latifúndio,
trabalhador.
Partilha!
Hora do pagamento.
Pouco
dinheiro.
Inflação,
salário.
Desespero!
Sábado
é feira.
Cardápio
de subsistência.
Dividas,
alimentos.
Sobrevivência!
É
a luz do divino.
Domingo
de louvor.
Melhoras,
amparo.
Socorro!
Semblante
enrugado.
Ê
vida de gado!
Labuta,
lar.
Descaso!
Poeira,
canavial e fogo.
Olhar
distante.
Pensamento,
vagar.
Esperança!
Carnaval
som da alegria.
Maracatu
e festividade
Realeza,
dançar.
Majestade!
Ciclo
do canavial.
Dias
de incêndio.
Colheita,
cana.
Dividendos!
Fim
da jornada.
Últimos
cortes.
Silêncio,
fim.
Morte!
Terra
plantada.
Na cova alívio.
Descanso, partida.
Abrigo!
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope