Ao terminar a
eleição de 2014 com “vencedores(as) e vencidos(as)”, “debates
ou bate-bocas”, “choros e sorrisos”, “acusações”...
Procuro pensar se há diferença entre chuteiras e urnas. Percebo que
Eleição e Copa do Mundo foram maravilhosas, pois provocaram uma
emoção em grande escala, e como todo fogo de artificio subiu,
explodiu, brilhou e apagou; e agora teremos de pensar e agir para
vivenciarmos a realidade, mas na qual estamos inseridos? Aí, cada um
sabe a chuteira que cabe no seu pé e como votou.
Começo pelo lado
contrário, quem de fato foram os(as) vencidos(as)?. Sete a um não
acontece todo dia, lembram!? Pois é, esquecer de calçar a chuteira
ao entrar no campo ou de como e em quem votou é perigoso, porque
teremos de inventar alguma historinha, como a que se seguiu dias
depois da derrota: “Vou torcer pelo algoz, porque seu adversário
são aqueles, “Los Hermanos”, que se ganharem a Copa em nossa
casa vai acabar com nosso orgulho, assim engoli sete é melhor, posso
dizer amanhã que sete é conta de mentiroso(a)!. No país do futebol
é assim, sempre procuramos esquecer as derrotas ao invés de
aprender com elas.
E nas eleições?
Nossa, foi na trave, ganho na próxima! Adesivo pode ser retirado e
trocado, “inimigos” se abraçam e apoiam, e agir como dementes
ajuda a muda de lado conforme as situações que melhor me convier, o
perigo é boi voar e mortos falarem, ou assombrarem (fotos tem a
mania de trazê-los de volta a nossa memória), e as urnas
eletrônicas tem esse “dom sobrenatural de revelá-los(as)” ao
proporcionar suas aparições, aquele(a) que no último pleito tinham
“morrido” para o cargo, aparece com chances de ser eleito(a) ,
agora entendo o termo urna associado a túmulo, será que serve no
caso mencionado!?.
Para
complicar o final do texto indago: “Posso calçar a urna na eleição
e votar na chuteira?”. Bem, uma coisa eu sei, que “chutar na urna
pode”, e como votar é escolher, então espero que as chuteiras que
os grandes jogadores usam possam servir para fazer gols, pode ser um
ou sete, o importante é ganhar!. No futebol como no segundo turno
das eleições no Brasil, pode ser um ou sete votos, sempre há um
vencido(a).
Nietzsche
dizia: “A
vida mais doce é não pensar em nada”.
Acredito
que faz sentido, tanto a pergunta acima, quanto a frase de Nietzsche.
Vamos pensar... Algumas pessoas dizem: “Vesti a camisa do meu
candidato(a) e chutei o seu adversário para lá!”, isso na urna. E
quanto a chuteiras servirem para votar, acredito que sim, mas
naqueles(as) que a calçaram um dia e fizeram gols que comoveram os
torcedores dos times e seleção que jogavam; antes jogador, hoje
candidato(a) eleito(a). Pois é, jogador(a) e candidato(a) são
iguais!? E eleitor(a) e torcedor(a) também!?. No país do futebol
urnas e chuteiras confundem muita gente, apesar de serem distintas e
para usos diferenciados!
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope