Resposta: Coloca o giz na água! "JISBÓIA".
No momento de embates “politiqueiros” no Brasil, e para não cair
na descrença total diante do ato de votar, conto uma historinha
acerca de “debates ou bate-bocas”.
Esses dias fui acompanhar um grande debate político. Mas pela
primeira vez o local e os personagens envolvidos deixariam qualquer
criança feliz com a autenticidade das ações, atos e palavras.
Quero advertir que leiam a historinha tomando como referência a
frase: “ a realidade e a ficção estão muitos próximas”. Bem,
se a frase não for verdadeira, aconselho a comparar o que dizem
os(as) candidatos(as) no debate eleitoral brasileiro com as suas
ações.
Liguei a televisão no dia e hora marcados. Para minha surpresa o
local tinha um nome bem chamativo: “Liga da Justiça”, e em
tempos de críticas a governos e projetos para o povo este nome soa
muito bem.
Quando olhei os candidatos e o mediador disse: “conheço essas
caras!...” e fiquei rindo. Se você quer um programa divertido,
assista os debates e bate-bocas, claro, se você estiver indeciso;
porque aqueles(as) que já tomaram a decisão de qual lado seguir,
debates tornam-se chatos porque o outro lado é o inimigo que desejo
destruir, mesmo que os concorrentes em algum momento tenham sido
aliados.
Pois é, para minha surpresa de um lado estava “o herói” e do
outro “o bandido”. De início foi fácil tomar partido, conhecia
ambos de vários filmes que fizeram juntos, melhor, em tempos de
“brigas e rompimentos de alianças” é bom dizer: “que estavam
juntos de lados opostos”.
Era o Batman e o Coringa lutando para governarem Gotham City. Calma!
Como disse acima, ficção e realidade se misturam. O mediador era o
médico David Banner, cujo emocional quando desequilibrado apronta
das suas (o médico e o monstro), e em politiquice já se tornou
lugar comum, em um momento se é alguém, em outro já se tornou
outro mudando de lado.
O Batman fez uma pergunta ao Coringa: “O que o senhor acha do
hospital que construí?”. De imediato veio a resposta: “meu
sorriso diz tudo! E eu não sabia que você era operário da
construção!”.
Em seguida, o Coringa rebate com a seguinte colocação: “O senhor
diz que governará de maneira transparente, então, porque usa essa
máscara e não mostra o rosto? andam dizendo que o Senhor é rico
mais diz defender os pobres!”.
A esta altura o mediador dá um sopro de decepção com as perguntas
formuladas pelos debatedores.
Batman faz outra colocação: “Bem, se não fosse a assistência
hospitalar e a cirurgia feita na sua boca, você poderia ter morrido!
E como o senhor sabe o socorro chegou rápido porque as estradas são
novas!”.
Coringa revida: “Sim, vi você no Batmóvel mostrando o percurso,
pena que nem todo pobre tem um carrão desses!”.
Enquanto isso, a coloração do mediador muda, e o pacato médico
diante do “bate-bocas”, tornou-se o Hulk, e aí já viu, foi
aquele alvoroços e pancadaria. Foi difícil não ri diante das
agressões que envolveram os aliados de ambos os candidatos (Batman e
Coringa) que estavam nos bastidores do evento. Mas como diz outra
frase: “sempre após o riso vem o choro e vice-versa”.
Fiquei vendo o desenrolar de tudo e observando os aliados dos
candidatos que iam em auxilio dos debatedores.
Para minha surpresa, o Robin defendia veementemente o Coringa. Ué!?
Acho que já vi esse filme antes! Ou sei lá, na ficção e na
realidade parece que vale tudo!. Mas daí em diante a surpresa
arrefeceu, pois acompanhando o Batman estava o Pinguim gritando: “foi
ele que começou tudo!”. Foi aquele escarcéu!... Bem, aproveite e
desliguei a televisão... Sai para passear, em tempos de politiquice é importante que os olhos digam algo para além das ficções
televisivas dos(as) candidatos(as) e não nos carregue de rancor
pelas palavras e gestos violentos.
Quanto a moral da historinha: “assistir debate pode levar a um
desatino mental, porque a ficção e a vida são diferentes; ou
não!...”.
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- Diógenes de Sinope