sexta-feira, 24 de outubro de 2014

De Bat (Debate) ou Bat Bocas (Bate Bocas)


Resposta: Coloca o giz na água! "JISBÓIA".


No momento de embates “politiqueiros” no Brasil, e para não cair na descrença total diante do ato de votar, conto uma historinha acerca de “debates ou bate-bocas”.
Esses dias fui acompanhar um grande debate político. Mas pela primeira vez o local e os personagens envolvidos deixariam qualquer criança feliz com a autenticidade das ações, atos e palavras. Quero advertir que leiam a historinha tomando como referência a frase: “ a realidade e a ficção estão muitos próximas”. Bem, se a frase não for verdadeira, aconselho a comparar o que dizem os(as) candidatos(as) no debate eleitoral brasileiro com as suas ações.
Liguei a televisão no dia e hora marcados. Para minha surpresa o local tinha um nome bem chamativo: “Liga da Justiça”, e em tempos de críticas a governos e projetos para o povo este nome soa muito bem.
Quando olhei os candidatos e o mediador disse: “conheço essas caras!...” e fiquei rindo. Se você quer um programa divertido, assista os debates e bate-bocas, claro, se você estiver indeciso; porque aqueles(as) que já tomaram a decisão de qual lado seguir, debates tornam-se chatos porque o outro lado é o inimigo que desejo destruir, mesmo que os concorrentes em algum momento tenham sido aliados.
Pois é, para minha surpresa de um lado estava “o herói” e do outro “o bandido”. De início foi fácil tomar partido, conhecia ambos de vários filmes que fizeram juntos, melhor, em tempos de “brigas e rompimentos de alianças” é bom dizer: “que estavam juntos de lados opostos”.
Era o Batman e o Coringa lutando para governarem Gotham City. Calma! Como disse acima, ficção e realidade se misturam. O mediador era o médico David Banner, cujo emocional quando desequilibrado apronta das suas (o médico e o monstro), e em politiquice já se tornou lugar comum, em um momento se é alguém, em outro já se tornou outro mudando de lado.
O Batman fez uma pergunta ao Coringa: “O que o senhor acha do hospital que construí?”. De imediato veio a resposta: “meu sorriso diz tudo! E eu não sabia que você era operário da construção!”.
Em seguida, o Coringa rebate com a seguinte colocação: “O senhor diz que governará de maneira transparente, então, porque usa essa máscara e não mostra o rosto? andam dizendo que o Senhor é rico mais diz defender os pobres!”.
A esta altura o mediador dá um sopro de decepção com as perguntas formuladas pelos debatedores.
Batman faz outra colocação: “Bem, se não fosse a assistência hospitalar e a cirurgia feita na sua boca, você poderia ter morrido! E como o senhor sabe o socorro chegou rápido porque as estradas são novas!”.
Coringa revida: “Sim, vi você no Batmóvel mostrando o percurso, pena que nem todo pobre tem um carrão desses!”.
Enquanto isso, a coloração do mediador muda, e o pacato médico diante do “bate-bocas”, tornou-se o Hulk, e aí já viu, foi aquele alvoroços e pancadaria. Foi difícil não ri diante das agressões que envolveram os aliados de ambos os candidatos (Batman e Coringa) que estavam nos bastidores do evento. Mas como diz outra frase: “sempre após o riso vem o choro e vice-versa”.
Fiquei vendo o desenrolar de tudo e observando os aliados dos candidatos que iam em auxilio dos debatedores.
Para minha surpresa, o Robin defendia veementemente o Coringa. Ué!? Acho que já vi esse filme antes! Ou sei lá, na ficção e na realidade parece que vale tudo!. Mas daí em diante a surpresa arrefeceu, pois acompanhando o Batman estava o Pinguim gritando: “foi ele que começou tudo!”. Foi aquele escarcéu!... Bem, aproveite e desliguei a televisão... Sai para passear, em tempos de politiquice é importante que os olhos digam algo para além das ficções televisivas dos(as) candidatos(as) e não nos carregue de rancor pelas palavras e gestos violentos.
Quanto a moral da historinha: “assistir debate pode levar a um desatino mental, porque a ficção e a vida são diferentes; ou não!...”.

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- Diógenes de Sinope