segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Livraria Pixuleco



         No Brasil a questão da leitura é um caso sério ou de justiça. Mas, seja feita justiça, segundo o ministro da cultura o índice de leitura per capita é 1,7. E em meio a boneco inflável e protestos o ministro deu um belo exemplo, infelizmente foi o da justiça Eduardo Cardozo, que resolveu ir a uma livraria, certo ele, em tempo de crise à leitura nos ajuda a utilizar melhor as palavras.
       Foi muito hostilizado, coitado, poderia ter sido elogiado por ter ido a uma livraria, principalmente pelo ministro da cultura, não é fácil ouvir tantas palavras e depois ter que assimilar ainda mais lendo um bom livro.
    “O Brasil, sétima economia do mundo, nunca deu a importância necessária à leitura”, disse o ministro da cultura. Que pena, importante aqui é boneco, que coisa, tenho certeza que a euforia do ministro da justiça foi tamanha que esqueceu que existia uma manifestação, ou plagiando Drummond: "No meio do caminho tinha uma manifestação/ tinha uma manifestação no meio do caminho/ tinha uma manifestação/ no meio do caminho tinha uma manifestação..." dizem que o amor cega, no caso do ministro, amor ao livro.
     Fiquei curioso, louco para saber o título do livro que o ministro foi comprar, espero que não tenha sido nenhum referente a boneco, soaria como provocação, não seria legal, em todo caso, fica a dica de um: “O boneco de neve -  Jo Nesbo” e um pequeno trecho para meditação do ministro da justiça – “Medo. Adrenalina tem um cheiro bem peculiar. Mas você sabe tudo sobre o assunto. (…) É um cheiro bastante estimulante, não acha? Eu li que é o cheiro que alguns carnívoros usam para encontrar suas presas. Imagine a vítima, trêmula, tentando se esconder, mas sabendo que o cheiro do próprio medo irá matá-la".
     Como no Brasil muitas coisas estão sujas necessitando de Lava-Jato, é preciso atentar para os trajetos da vida , de repente, o ministro da justiça poderia ter tropeçado em um "boneco de barriga furada", e aí, já viu: "boneco de barriga furada não retém água", e de vez  em quando, "palavras".

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- Diógenes de Sinope