"Faz
parte da humanidade de um mestre advertir seus alunos contra ele mesmo."
-Friedrich
Nietzsche
Educandos não sejam mais um tijolo nessa
construção! Tijolos não voam!... Chega de serem molduras em quadros negros sem
graça! Asas quebradas!
Fico preocupado quando dizem que escolas
e mestres(as) ensinam. Penso que apontam caminhos e não becos sem saídas. E me
bate uma melancolia maior quando constato que a arte de aprender não passa de
mera reprodução de técnicas sem rompimento das certezas e dos programas
governamentais de metas e indicies. Mede-se o aprender por números, dados e
tijolos que sirvam para a construção da sociedade.
Nossa! Pior é sem escolas! Eu diria: “em
vez da preocupação com a construção de prédio é melhor atentar para os educandos
que não tem a oportunidade de caminhar e voar”. Caminhos e asas nas ações
educativas das escolas e dos(as) mestres(as) soam bem, porque na sociedade de
construções, os caminhos as vezes levam a nenhum lugar e o voo pode ser
limitado por aeroportos e vigilância do espaço aéreo.
Na arte de aprender é necessária a
liberdade do diálogo, verificar certezas, derrubar mitos e reescrever a
história. O aprendiz tem desejos de voo e caminhos para seguir. Não se devem
criar muros e nem tão pouco molduras, e muito menos cortar as asas da busca
pelo saber mais. O saber necessário deve servir a números frios de uma
sociedade deseducada, limitada e programada a só dizer sim. Então escolhe o
caminho a seguir, quer ir com suas próprias asas ou as de Ícaro, quer frequentar
escolas que ensinam apenas a arte de ser tijolo ou algo mais. Escolhe, segue o
caminho e voa.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope