João Pessoa sonha... E o sonho está virando um pesadelo medonho. As muriçocas, çoca,çoca, perdeu o rumo: “não sabe se vai de Tambaú ao Rio Sanhauá ou do Rio Sanhauá a Tambaú”. O Folia de Rua criou um cordão de isolamento tão impenetrável que o povo para poder brincar tem que brigar por cores partidárias.
Há algum tempo, a quarta-feira de fogo, transformou-se em cinzas. Sem explicação, de agremiação carnavalesca, as muriçocas juntamente com o Folia de Rua se transformaram em “agremiações partidárias”, e o çoça, çoca, servindo a “os Gira” e “Vermelhões”, menos para um crescimento cultural de um povo e de uma cidade. E aí, çoça, çoça, ninguém entende o carnaval das Muriçocas e o que se transformou o Folia de Rua.
Os estandartes deixaram o colorido azul do mar, e a cidade ficou velha com o seu canto político secular. Ao invés de espalhar alegria, o que se viu em ano eleitoral foi uma distribuição de panfletos, e à tradição sendo substituída pelo “trê-lê-lê e um zum, zum, zum” de eleição. Em nome de partidos, qualquer quarta-feira é de fogo, foguetório e de folia, mas o “bloco do resgate cultural” queimou e deu adeus para nunca mais sair, e longe de se ouvir um frevo alegre acompanhado de foliões felizes, o que se assistia eram cortejos fúnebres de quartas-feiras eleitoreiras que anunciavam o fim das prévias carnavalescas.
Então, quando chegar à madrugada da quinta-feira, por um espelho avesso, esqueçamos o “prii” da urna eletrônica com seu “trê-lê-lê e o zum, zum, zum de novo...”, e vamos “ouvir o canto do Galo anunciando o Carnaval...”
“A manhã já vem surgindo /O sol clareia a cidade com seus raios de cristal/ E o Galo da madrugada, já está na rua, saudando o Carnaval/ Ei pessoal...”
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope