quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O Jumento Sem Caneta


        Era uma vez em um país distante, chamado Ressentimento (é sempre assim, toda “historinha fantasiosa” tem que ser distante de nós), em uma escola rural em tempo integral, chamada Passa Tempo, na cidade de Esquecimento, no estado de Cegueira, lá onde o vento faz a curva.
        Na sala de aula do professor Caxias, os estudantes resolveram levar um jumento para participar da aula, claro, se dependesse da vontade do “novo estudante”, jamais iria à escola, era melhor pastar.
        Para a surpresa de todos (as), o “prôfi”, não esboçou nenhuma reação diante do fato, e tudo seguiu dentro da normalidade anormal. Antes de acabar à aula, Caxias se aproxima do jumento e mostra duas canetas, uma azul e a outra preta, de uma coisa eu sei, não era mágica; e diz: “escolha!”.
        No final da rotineira freqüência diária, usando sua caneta, não sei se azul ou preta, volta a sua atenção novamente para o jumento e fala calmamente: “Avisa para todos (as) da turma que amanhã haverá prova oral ou escrita, quanto a você, não precisa fazer, porque sei da sua dificuldade de falar nosso idioma, e óbvio, manusear uma caneta, seja ela azul ou preta”.

        Moral da história... Tem que haver moral? Não sei! Mas independente da cor da caneta, é importante estudar, e claro, saber que “espécie de amigo (a)” temos em sala de aula e na vida, porque ele (a) diz muito de nós, mesmo sem falar e escrever.

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope