O que tem em comum nas palavras humano e hipócrita? Diriam à letra H, respondo: “Deu demasiadamente positivo para o Coronavírus nas duas”.
Em tempos de crise econômica e de saúde a hipocrisia aflora. O que não se plantou, quer colher. O fingimento já não consegue suportar a realidade que chega de maneira avassaladora. Como pedir o que não se tem para oferecer, eis a questão, eis o SUS (Sistema Único de Saúde) do Brasil, eis o SUSto com o Coronavírus que exige bem mais do que ouvir: “É virose!”. Exige educação humana, porém muitos faltaram as aulas.
Se pudéssemos consultar os macacos ancestrais do humano, provavelmente poderíamos encontrar a resposta, além de constatar um deboche dos mesmos expressando: “Foi nisto que a evolução nos tornou?! Deixem-nos nas árvores! Somos por demais simpáticos para termos surgido do mesmo tronco ancestral”.
O humano é uma espécie bastante evoluída, mas distante do espelho, diriam os símios. Acredita que domina à natureza e os da sua espécie com a tecnologia e o dinheiro, no entanto, diante de um simples “espirro ou tosse” mostra sua essência mais primitiva que em nada se parece com o “pacato cidadão” de uma civilização tecnologicamente avançada.
Diante de um vírus silencioso e invisível se sente indefeso. Por mais que tenha chegado a pisar na lua, a possibilidade da morte o leva a estágios anteriores onde era um ser que não conseguia dominar o fogo, e hoje, ao Coronavírus. Não é possível mais enganar, o que não foi feito, agora não dá mais para realizar sem custos de vidas. É hora do aqui não fez, agora pague, mesmo que a dívida não tenha sido contraída por todos (as).
O tempo é o senhor da verdade e na evolução das espécies implacável na modificação e aprimoramento das mesmas. Tivemos prazo e recursos para avançar na economia e saúde, mas optamos por desvios éticos, morais e diversão, dos quais não podemos cobrá-los aos macacos e tão pouco ao Coronavírus, pois são incorruptíveis, todavia, o humano... Pula de galho em galho nas decisões que ajudam a coletividade. Anda em grupo e demarca território para sustentar suas regalias alimentícias, habitacionais e financeiras. Comunicam-se por meio de sons e gestos de forma global, mas na presença se desconhecem. Veja o que acontece quando a foto do perfil nas redes sociais não condiz com o caráter, ficamos chocados na presença do outro; ilusão tecnológica!
Por fim, adquirem o Coronavírus e... Férias escolares, evitar aglomeração, lavar as mãos e não entrar em contato com outros da sua espécie. Esquisito o tal humano! Quando não existia o Convid-19, trocaram hospitais por estádios, saúde por caixa dois; cruz credo! Você ficou irreconhecível, em nada parece conosco, falariam a macacada.
Fala de amor, felicidade e do bem, mas na hora de construir socialmente, aí só na próxima eleição se houver um enriquecimento ilícito. Denomina-se Homo sapiens, sapiens. Humano, quanta vergonha causa a nós! Homo demens, demens! Duplamente “demente”, diriam os símios e o Coronavírus aos risos.
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