sexta-feira, 24 de julho de 2020

Eco do Silêncio



E levemente o som se desfez.
Último movimento.
Eco do silêncio.
Uma última palavra:
Palavra inaudita.
Lágrimas frias no bronze.
Brisa a acalentar o rosto.
Rosas despetaladas no chão.
Chama apagada.
Quem cessa a dor?
O tempo.
Escuta-me, não através de palavras,
Por meio do sentimento ou pensamento.
Por qual razão se fez silêncio?
Uma mão toca nos lábios e aponta,
Voo ao infinito.

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope