Ó ventura onde
estás?
A roda da vida
circulando.
Gira, gira, gira
mais.
Quem está em baixo
sobe,
Quem está no alto cai.
Dia e noite, dia a
dia,
O perdurar assim se
faz.
Felicidade e
infortúnio
Se misturam sem
parar.
Gira, gira, gira
mais.
Hoje, tormento; amanhã,
paz.
Ciclo da
persistência:
Se sofre, passa.
Paciência!
Se chora, rir.
Segue, enfrenta!
Condição da
existência:
Vida e morte.
Na gangorra do por vir,
Sobe azar, desce
sorte.
Ó ventura me abrace
Neste mundo de
incertezas.
Gira, gira, gira mais.
Eterno retorno de
surpresas.
Se é bênção ou mau
desejo,
Ave Maria, só
conceda,
Harmonia e nada
mais.
Ó ventura e
desventura
Mais que grande
ilusão,
Imaginar que
predomina,
Uma sim a outra
não,
Pois com a mão que
apoio
Também dou um empurrão.
Ó ventura início e
fim
Se constrói uma
canção.
Um poema, nossas
vidas,
Vai e vem na estação.
Ó ventura onde
foste?
Não entendo, por
que razão?
Trajeto da vida: nascer,
fenecer,
Dias sim e outros
não.
Enfim, chega o trem
que conduz
O Ser ou Não Ser
divinamente
Rumo à estação da
luz.
Gira, gira, gira
mais.
Neste instante
cintilante
Depois de tantos
ais,
Grito de forma
vibrante:
Minha procura se desfaz!
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope