sábado, 24 de abril de 2021

Pássaro



Caminho estreito no meio da mata.
Árvores ao sopro do vento a bailar.
Canto do pássaro, sinfonia no ar.
Voo livre sem gaiola para aprisionar.
 
O homem sozinho para lá e para cá.
Encarcerado pelos deveres sociais e do lar.
Sobrevivendo no mundo da lida automatizada.
Sem asas, sem tempo e imaginação limitada.
 
À noite, silêncio e descanso sob a luz do luar.
O pássaro em silêncio espera um novo dia.
Canto alegre enobrece à aurora que inicia.
 
Trabalho noturno. Home office, um ganho extra.
Sono intranquilo, sonhos impossíveis, dívidas a pagar.
Nova data e afazeres, pássaro solto, homem na labuta.

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope