domingo, 18 de julho de 2021

Rebanho


Eis uma voz a clamar no deserto
Da alma, do espírito e da mente.
Demente rebanho, rumo incerto.
Sem vereda, sem fresta, contente.
 
Voz solene: não tente ser esperto!
Seja igual! Desgarrar? Nem pense!
Não há recompensa em ser disperso.
Segue o credo da manada docemente.
 
Ó Deus midiático que destrói o certo!
Marca boi e jumento a ferro quente.
Imaculado cria pragas para o sucesso.
 
Detém e censura a quem não diz: Amém!
Controle desmedido, quarentena de credo.
Tornas à criatura culta em pecador eterno.

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope