segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Klã do Kuzkuz



Danou-se! Ser nordestino de fachada leva a engasgo na hora de discursar com a mente vazia e a boca repleta de verborragia. Fico pensando se D. Pedro I tivesse gritado às margens do Rio Ipiranga com a boca cheia de cuscuz: “Independência ou Morte!”. Creio que a independência inexistiria porque ele teria morrido engasgado e assim não teríamos o nosso primeiro membro do Klã do Kuzkuz. E há quem diga que não houve grito, já que D. Pedro I estava muito rouco.

Rouquice a parte, o cuscuz nordestino é um alimento que tem de ser degustado com calma. Se o mesmo for ingerido no calor da emoção pode provocar certo desconforto e tornar a face vermelha por conta das tosses e engasgo. Pois é, para bom entendedor meia palavra basta e meio cuscuz também. Não é indicado para preconceituosos por conta da sua origem africana e diversidade na origem da palavra que vem do berbere “k'seksu” e depois “couscous” franco-argelino.

Ao menos quem participa do Klã do KuzKuz pode abreviar para K.K.K. Mas quem não gosta de reunião familiar pode até confundir com onomatopeia de risada: kkk. Portanto, quem não gosta do cuscuz kkk! “Me vê um prato de cuscuz, manda cuscuz pra mim. Só vai com calma se tu, se tu vai cuspir tudin” (Cuscuz - Lil Whind).

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope