E lá se vai o trem da humanidade, segue rumo à
estação demência eletrônica. Vagões repletos de pessoas ao celular e totalmente
dependente de meios eletrônicos. Não há sossego, porque sou obrigado pela
chefia a publicar o que mandam. Sou obrigado a de repente, “do nada”, a ver e
ouvir uma propaganda publicitária ou politiqueira. Em nome do conforto do “fique
em casa” e de ser moderninho (a), tudo faço com toques de dedos. Sou o rei ou
rainha do mundo que imagino dominar, ou um robô?
O Facebook, WhatsApp, Instagram e tantas outras
redes sociais são minhas? Parecem que sim, repito, parecem, no entanto, basta
faltar energia ou ser bloqueado (a), e lá vou eu ficar frustrado (a), encher o
espaço de palavrões inúteis, perder o controle emocional. Dizia Drummond: “Lutar
com palavras é a luta mais vã”. Digo eu: “Lutar contra meios eletrônicos é a
luta mais vazia”. Eles entram sem pedi licença e nos convida a desaprumar psiquicamente
e emocionalmente. E lá se vai meu sono, meu brilho.
Alice no país das maravilhas adverte: “Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então”. Mudei ou mudaram-me? Então, ao enviar ou reproduzir uma mensagem na “sua” rede social, cuidado, alguém pode lhe perguntar: “É um robô?”. “Antes ser louco por seu próprio critério, que sábio segundo a opinião dos outros!” (Nietzsche).
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope