Laroiê Brasil! Parece que a paz na terra brasilis está longe
de ser alcançada. Depois da apuração, da homologação e do relatório das Forças Armadas
sobre a eleição presidencial, disse o “babalaô Alê do STE (Supremo Terreiro Eleitoreiro)”:
“acabou!”. Se o “Babalaôvo” disse fim! Então, parem a dança e as batidas no Terreiro
Brasil, e nada de ficar de cabelo em pé, claro, quem não for careca. Desobstruam
às ruas! Fique em casa! “Dormia/A nossa pátria mãe tão distraída/Sem perceber
que era subtraída em tenebrosas transações... O estandarte do sanatório geral/ Vai
passar...”
O Babalaô Alê, cuja entidade que se apossa daquele corpo togado
deve ser Exu, que faz intermediação entre o povão e as divindades, e é chegado a uma oferenda
para as coisas saírem nos conformes; “Larouiê Exu!”, não é chegado a carona, e
se for de caminhão, talvez de algum refrigerante com o Preto Velho estampado, com
uma voz rouca, mas suave, cheia de afeição, o que transmite uma sensação de
segurança e familiaridade àqueles que vêm consultá-los. Papai Noel já era!
Agora é o Preto Velho no caminhão, doce cantata de Natal: “Eu quis saber da
minha estrela guia/Onde andaria meu sonho encantado/Fada-madrinha, vara de
condão/Esse meu coração sonhando acordado/Vai nos levar pro mundo de magia/Onde
a fantasia vai entrar na dança...”. Saravá babalaô Alê!
Quanto a mídia brasileira deve está com Zé Pilintra no coro
ou nas pesquisas eleitorais realizadas. Na tentativa de ajudar alguns candidatos
(as) tentou mudar a vida deles (as) para melhor por meio de seu poder de
cura e seus conselhos, pois é, achando que eram candidatos (as) sortudos (as)
nos números dados pela mídia “pilantra”, que se imaginava Pilintra, muitas
festas babaram, levando aos simpatizantes das candidaturas que batiam a cabeça
no gongá a esperar um pouco para soltar os fogos. “Deu azar/ A entidade que
estava incorporada disse: esse político é safado, cuidado na hora de votar...” “Eu
já ando injuriado, ô xará/ Meu salário defasado/Meu povo todo esfomeado/E ainda
é intimado a votar...”
E, sabe como é, no Brasil eleitoreiro, urna eletrônica lembra à Arca da Aliança, nem todos tem acesso a ver o que está lá dentro, mas se sabe o que há fora e aparece na tela assombrando o povão como se fosse praga divina, mas que na realidade apenas serve como instrumento de guerra, criação humana e falha. “Assombração de barraco é o ladrão de gravata e não é marginal...” Axé!
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope