Em
tempos de calor na educação, principalmente em sala de aula, brincar com as
palavras ajuda-nos a esquecer um pouco o sofrido dia a dia sem ar para
refrescar.
O
calor humano, muitas vezes confundido com o calor corporal, nos faz lembrar que
o ar que respiramos ainda não foi tributado, e muito menos faz parte de uma
propaganda eleitoral e governamental. Já imaginaram os cabos eleitorais
dizendo: “Venham! Na nossa escola tem o melhor ar para viver e estudar”. Deve
ser algo meio fora do comum, “viver o trabalho” exaustivo em sala de aula e
sobreviver pela graça estatal por que nos oferece até o ar que respiramos.
Se
o “ventila a dor”, traz consigo vários problemas para a saúde intelectual, já
que da dor não fugimos, a enfrentamos, e longe de jogá-la contra as hélices
para diluí-la, devemos entendê-la, e a escola é o lugar para o exercício
crítico e não somente contábil de investimentos hiper faturados, que nos faz
ter sintomas de exaustão pela hipocrisia, e não somente provocada pelo calor,
que na maioria das vezes apenas segue seu fluxo natural, diferente do fluxo
seguido pelo dinheiro dos tributos, principalmente em ano eleitoral.
E,
por falar nisso, subiu um calor que me fez lembrar de outro objeto que ajuda a
arrefecer o calor corporal: o “ar condicionado”. Pois é, em campanha eleitoral
em tempos de calor de corrupção, o “ar condicionado” gera votos; aliás, o
condicionamento dos ares dos eleitores leva a enorme votação.
Fico
preocupado, porque além de tributar o ar, muitos governantes podem querer levar
a risca a palavra e “condicionar o ar”. Pois é, condicionamento na educação não
sopra bem, porque a educação deve ter ares de liberdade, e o “ar condicionado”,
deve ceder lugar ao “ar livre”, “desimpedido” e “não normativo”. Por isso, a
educação deve ensinar criticidade que leva a um ar mais respirável para a saúde
mental, e só assim, podemos não confundir palavras com objetos, pois as
palavras superam o tempo, e quanto os objetos como o “ventila a dor e ar
condicionado”, o tempo supera, e o ar livre sopra e os carregam para sua destruição.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope