quinta-feira, 15 de março de 2018

Educação em Tempos de Ventilador e Ar Condicionado



Em tempos de calor na educação, principalmente em sala de aula, brincar com as palavras ajuda-nos a esquecer um pouco o sofrido dia a dia sem ar para refrescar.
O calor humano, muitas vezes confundido com o calor corporal, nos faz lembrar que o ar que respiramos ainda não foi tributado, e muito menos faz parte de uma propaganda eleitoral e governamental. Já imaginaram os cabos eleitorais dizendo: “Venham! Na nossa escola tem o melhor ar para viver e estudar”. Deve ser algo meio fora do comum, “viver o trabalho” exaustivo em sala de aula e sobreviver pela graça estatal por que nos oferece até o ar que respiramos.
Se o “ventila a dor”, traz consigo vários problemas para a saúde intelectual, já que da dor não fugimos, a enfrentamos, e longe de jogá-la contra as hélices para diluí-la, devemos entendê-la, e a escola é o lugar para o exercício crítico e não somente contábil de investimentos hiper faturados, que nos faz ter sintomas de exaustão pela hipocrisia, e não somente provocada pelo calor, que na maioria das vezes apenas segue seu fluxo natural, diferente do fluxo seguido pelo dinheiro dos tributos, principalmente em ano eleitoral.
E, por falar nisso, subiu um calor que me fez lembrar de outro objeto que ajuda a arrefecer o calor corporal: o “ar condicionado”. Pois é, em campanha eleitoral em tempos de calor de corrupção, o “ar condicionado” gera votos; aliás, o condicionamento dos ares dos eleitores leva a enorme votação.
Fico preocupado, porque além de tributar o ar, muitos governantes podem querer levar a risca a palavra e “condicionar o ar”. Pois é, condicionamento na educação não sopra bem, porque a educação deve ter ares de liberdade, e o “ar condicionado”, deve ceder lugar ao “ar livre”, “desimpedido” e “não normativo”. Por isso, a educação deve ensinar criticidade que leva a um ar mais respirável para a saúde mental, e só assim, podemos não confundir palavras com objetos, pois as palavras superam o tempo, e quanto os objetos como o “ventila a dor e ar condicionado”, o tempo supera, e o ar livre sopra e os carregam para sua destruição.      

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope