segunda-feira, 22 de outubro de 2018

“Da Silva”, #ELE SIM




Enquanto a política em 2018 faz vítimas com a intolerância e vai a busca do “Salvador da Pátria”, quero prestar homenagem ao “Da Silva”, orgulho do povo brasileiro; #Ele Sim ainda é uma voz do povo oprimido.
Saiu de Pernambuco para o Sudeste brasileiro. Infância pobre de um nordestino que tentava a sorte em terras distantes, ou como dizia Patativa do Assaré: “Triste Partida” daquele que não mais encontrava sustento na sua região.
    Suas primeiras lições escolares foram ensinadas a partir da convivência com os pobres, que o “Da Silva”, depois de certo tempo, se tornará o porta-voz, não por força do direito, mas pela ligação da convivência.
Subia e descia morros. Possuía uma moradia modesta. Tomava suas cachaças nas tendinhas, se misturava com a rapaziada; ê “Da Silva” que não tinha medo da pobreza!
  No Nordeste de onde vinha, era amado. Do campo à cidade, do livre ao encarcerado, “Da Silva” era um mito. A mulher tinha seu respeito, antes mesmo da Lei Maria da Penha. Os Direitos Humanos e a corrupção, “Da Silva” sempre denunciava com suas palavras afiadas como um faca que atravessa o “autoritarismo” e a “inocência” dos encarcerados por partidos.
Nunca foi Doutor Honoris Causas, mas por causa de sua linguagem e ironia, era “dôtô” na arte de defender aqueles (as) despossuídos (as) da palavra.
      Cargo político obteve com uma votação maciça de seus fãs: “Embaixador dos morros e favelas”. “Voz do morro!”.
O “Da Silva”, nordestino da peste, nos orgulha. Ah! Quanta falta nos faz! Neste momento em que a politicagem domina, Bezerra da Silva, o “Da Silva” que dá orgulho, faria à análise da conjuntura atual da política, e diria assim: “Se vocês estão a fim de prender o ladrão/ Podem voltar pelo mesmo caminho/ O ladrão está escondido lá embaixo/ Atrás da gravata e do colarinho... Falar a verdade é crime/ Porém eu assumo o que vou dizer/ Como posso ser ladrão/ Se eu não tenho nem o que comer/ Não tenho curso superior/ Nem o meu nome eu sei assinar/ Onde foi se viu um pobre favelado/ Com passaporte pra poder roubar...”
“Malandro moderno, colarinho branco, só usa bons ternos, não liga p'ro azar. Dólar na Suíça, mansão beira-mar, seu nome é corrupção, p'ra quê trabalhar? Quem te viu, quem te vê, malandragem, não consegue acreditar, não consegue acreditar. Sindicalista de outrora, desfruta belas senhoras uma em cada lugar... Roubou o dinheiro do povo e vive na tranqüilidade sua sorte é que você vive no País da impunidade...”

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- Diógenes de Sinope