No caminho tinha uma, não, eram duas ou três,
que nada, foram tantas pedras que resolvi construí um imenso templo do saber
viver. Como seria a vida sem pedras no caminho? Não sei, apenas ergui um
templo.
Pedra a pedra segui elevando cada parte
da minha morada. Dia após dia acompanhando cada estação do ano, o imaginado tornava-se
real a partir da parceria não contratual, magia das mãos e pedras que lapidavam
e eram lapidadas compondo uma melodia construtiva.
Como notas musicais escritas e
tocadas, cada pedra ocupava seu lugar, ora uma maior, ora uma menor, média, e
assim o lugar ganhava novas formas predominando a linda canção do porvir
incerto amalgamada pelo suor, lágrimas, sorrisos e tudo que irradiava
sentimentos humanos, porque pedra não tem coração e nem o coração é de pedra, contudo, na construção do saber viver é preciso ter coração para as pedras.
Enfim, templo que se contempla o
interior e o exterior petrificado e que se eleva ante nosso novo olhar, eis o
saber viver: “A arte de lidar com as pedras para torná-las abrigo, proteção, e
não apenas obstáculos irremovíveis no caminho”.
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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope