quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Adultério


 

Me trouxeste o adultério e uma pedra.
Atira, disseste. Silencioso círculo; não!
Vai! Vorazmente sentencia com pressa.
O que tens de tão nobre para a aplicação?
 
Já erraste? Quantas inverdades expressas?
Te acalma! Queres à justiça ou a punição?
A verdade liberta, cega é tua oração incerta,
Vingança encoberta em respeito a tradição.
 
Do que vale punir? Cumpres a tua promessa?
Vês no outro o reflexo da tua ira ou paixão?
Perdoa! Imperfeito tu és nessa cena piegas.
 
Tenhas compaixão! Apaziguas o teu coração.
Torna-te mais humano e guarda a fria pedra!
Progrides, ergues uma vida e nova construção.

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"Não me tires o que não me podes dar!... Deixa-me ao meu sol."
- Diógenes de Sinope