Perdeu, Mané, Não Amola!

 

 

Parem o jogo! Gritaram os “homi” da lei. Nós temos ordem pra levar a seleção brasileira de futebol para o xadrez!

Parece que houve uma confusão. Melancia e não o melão é que é vermelha por dentro, por fora somente alguns melões são amarelos. Contudo, para o ministro “Trancoso” do Supremo Tribunal Federal, tudo é fruta, e usando da sua prerrogativa na frente das câmeras gritou: “Perdeu, Mané, Não Amola!”. Pois é, esqueceram de avisar ao nobre que a jurisdição dele é no Brasil, então, “vai de Catar ou Nova Iorque?” Delírios do poder da toga pensando que é juiz de futebol.

Calma! Gritou um patriota da arquibancada, foram os alemães que colocaram à mão na boca, nós apenas calamos a boca como torcedores. E sabe como é, umas lágrimas aqui e outras ali, e amanhã já tem jogo do Flamengo no Mundial de Clubes, mas o Brasil estará divido, a não ser que todos se tornem flamenguistas porque representa a nossa “pátria mãe”. Eita, tá difícil unificar o Brasil das redes sociais.

O “delega” começou o interrogatório. Ordem são ordens. Estou aqui para colocar ordem no terreiro, aliás no campo. Se achando a própria Rede Globo em “exercício da democracia televisa”, que se chama exclusividade, perguntou: “Quem aqui votou na eleição passada? Quem está vacinado? Quem sabe cantar o Hino Nacional completo? Neymar, espertamente disse: “sabemos dançar dentro e fora do campo juntamente com a torcida, e mostrou todo o gingado".

A delegacia se tornou uma verdadeira Sapucaí, a malandragem e os “puliça” se dividiram em duas escolas de samba enfurecidas, de lados opostos, mas unidas pelo ressentimento e pela piada de Neymar que “não caiu” na graça de ninguém, começaram a cantar. A malandragem fazia o L no dedo e apontando para os “puliça”, dizia: “Faz o L de Lástima e Lascou-se!”. Os “puliça” revidavam de arminha no dedo: “Tá na hora de já ir, tá na hora de já ir voltando. Enquanto isso... A Croácia ganhava mais uma guerra no campo de futebol. Olha o voo, olha o voo, é é é do Brasil!  

O povão trabalhador em transe passava junto da delegacia e nada entendia. Sua única tristeza era que a folga na hora das partidas da seleção brasileira havia acabado e teriam que aguentar a musiquinha: “Então é Natal, e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez...” Eita, Brasil de pai véi um sete um, Trancoso, gados, jumentos, arminhas e... Perdeu, Mané, Plim! Plim! Não Amola!